O
planejamento estratégico é uma ferramenta da administração que volta-se para as
medidas positivas que uma empresa poderá tomar para enfrentar ameaças e
aproveitar as oportunidades encontradas em seu ambiente. É também uma técnica
comprovada para ajudar que os ajustes dentro da empresa sejam feitos com
inteligência, já que é um instrumento que força, ou pelo menos estimula, os
administradores a pensar em termos importantes ou relativamente importante, e
também a se concentrar em assuntos de relevância.
No Brasil,
apesar de muitas empresas já estarem utilizando a metodologia do Planejamento
Estratégico, ainda existem dúvidas sobre o que ele realmente vem a ser e como
deve ser formulado, além do fato de ser confundido com o Planejamento a Longo
Prazo.
A metodologia
do Planejamento a Longo Prazo foi desenvolvida nos Estados Unidos na década de
50, os planos a longo prazo tornam-se projeções de lucro (para dez anos ou
mais) sem muita utilidade, ou seja, é algo que você começa hoje para terminar
daqui a algum tempo, num cenário sem mudanças que alterem a sua decisão, o que
não é o caso de uma empresa.
Já na metade
dos anos 60, foi introduzida a metodologia do Planejamento Estratégico que
segundo Philip KOTLER “O Planejamento Estratégico é uma metodologia gerencial
que permite estabelecer a direção a ser seguida pela Organização visando maior
grau de interação com o ambiente”, ou seja, uma metodologia que permite
estabelecer o caminho a ser seguido pela empresa, visando elevar o grau de
interações com os ambientes interno e externo.
O grau de
interações entre uma organização e o ambiente, que pode ser positivo, neutro ou
negativo, é variável dependendo do comportamento estratégico assumido pela
organização perante o contexto ambiental.
Tabela 1 – Comportamentos
Opcionais e Respectivas Consequências.
GRAUS DE INTERAÇÃO
|
COMPORTAMENTO
|
CONSEQÜÊNCIAS
|
||||||
NEGATIVO
|
Não
Reagente
Não
Adaptativo
Não
Inovativo
|
Sobrevivência a curto prazo
Extinção
|
||||||
NEUTRO
|
Reagente
Adaptativo
|
Sobrevivência
a longo prazo
Estagnação
|
||||||
POSITIVO
|
Reagente
Adaptativo
Inovativo
|
Sobrevivência a longo prazo
Desenvolvimento
|
FONTE: VASCOCELLOS (1979)
* Se o grau
de interação assumido pela empresa for “Negativo” os seus funcionários vão
apresentar um tipo de comportamento parecido com os “Dinossauros”, ou seja, um
comportamento não reagente, não adaptativo e não inovativo, de maneira a trazer
sérias consequências a empresa, sendo elas a sobrevivência a curto prazo e a
extinção (falência da empresa).
O grau de
interação “Neutro” apresenta funcionários com o tipo de comportamento igual ao “Camaleão”,
reagente e adaptavivo porém, apesar de acarretar a empresa uma sobrevivência a
longo prazo, os funcionários se encontram em estagnação (paralisação, falta de
desenvolvimento).
Já o grau de
interação “Positivo” os funcionários se mostram do tipo “Homo-Sapiens” (Homens sábios), com comportamentos reagentes,
adaptativos e inovativos, de maneira a ajudar a empresa no seu desenvolvimento
e sua sobrevivência a longo prazo.
Existem
muitas dúvidas também sobre as diferenças entre Planos Estratégicos, Táticos e Operacionais,
então só para deixar claro:
- Plano
Estratégico é referente a organização como um todo, é o estabelecimento de
metas e a formulação de planos para atingi-las.
- Plano Tático
é relacionado com diversas áreas da organização, uma área específica. (Ex:
Plano Financeiro, relacionado a área financeira; o Plano de Marketing,
relacionado a área de marketing.)
- Plano
Operacional é como uma formalização dos objetivos e procedimentos a seguir, é o
que ajuda a orientar e colocar em prática os planos táticos.
Por Rafaela Moraes
O planejamento estratégico é um processo contínuo, sistemático e de conhecimento do futuro. Entre suas atividades temos a de tomar decisões, organizar as atividades necessárias à execução destas decisões e medir o resultado dessas decisões. Sempre analisando todos os fatores com cuidado para se evitar riscos. Ele não pode ser fixo, e sim estar sempre sendo executado e se moldando às necessidades da organização. Por fim, o conceito de planejar é algo antigo, Chiavenato 1 diz que “As constantes lutas e batalhas ao longo dos séculos fizeram com que os militares começassem a pensar antes de agir. A condução das guerras passou a ser planejada com antecipação”, o planejamento sofreu uma série de mudanças, e hoje percebe-se que uma empresa não "anda" sem um planejamento contínuo de modo à atingir mais eficazmente suas metas e objetivos, aumentando assim a probabilidade de no futuro, a empresa estar no local certo, e na hora certa.
ResponderExcluirPostado por Letícia C.R. Santos